Já comprovou a física
que existem coisas que realmente não se misturam. No campo das
bebidas também sabemos que isso é um fenômeno já observado.
Muitas vezes não por conta da diferença de densidade dos líquidos
mas pelo estranho (ou bizarro) resultado. Quem nunca viu ou até
mesmo provou uma tal cerveja de vinho? Na realidade, uma mistura de
vinho e cerveja já engarrafados? Aparentemente seria o melhor de
dois mundos: vinho e cerveja, juntos!
Porém, tudo na vida
das misturas tem um limite. Lembro-me de um ditado francês que
dizia: "Misture uma colher do melhor vinho em um barril de água
de esgoto e terás um barril de água de esgoto. Agora, misture uma
colher de água de esgoto em um barril do melhor vinho e terás.......
um barril de água de esgoto!". Em resumo: não misture nada
além de vinho no vinho! Já a cerveja admite, e isso é muito legal,
maiores possibilidades.
Deixando a confusão
filosófica para outro dia, existe sim um estilo de cerveja chamado
Barley Wine (livremente traduzido aqui por vinho de cevada).
O termo foi utilizado
pela primeira vez para descrever, em 1903, uma cerveja inglesa
chamada Bass No. 1, da cervejaria Bass, fundada em 1777 por William
Bass. Porém, muita atenção agora: para dirimir quaisquer dúvidas
a respeito as barley wine não são cervejas que levam vinho em sua
composição! Na realidade, a única semelhança é que, devido ao
seu alto teor alcoólico, as Barley Wine podem ser guardadas por anos
até atingirem a sua plenitude. A cerveja da foto acima, por exemplo,
não conseguiu esperar o tempo devido. Também pudera, não serão
mais produzidas! Então era abrir ou largar. Bom, enfim, voltando ao
tema das Barley Wines, elas são feitas de um único tipo de malte, o
Pale Ale. A quantidade de malte também é expressiva no processo
fabril: o dobro de uma Pale Ale normal e duas vezes e meia de uma
Pilsen. Este estilo também requer uma dose extra de lúpulo para
balancear as coisas e atinge facilmente os 100 IBUs!!! Então,
somente o tempo para aparar as arestas de tanta potência!
Bom, é melhor ficar
esperto com as Barley. São muito aromáticas e muito agradáveis ao
paladar. Mas aí é onde mora o perigo, pois, o teor alcoólico deste
estilo de cerveja não pode ficar abaixo de 10%.
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