Come on beer light my fire

Não tenho nenhum preconceito contra tomar uma, ou algumas, das ditas cervejas de massa. Não, não! Não quero dizer aqui massa no sentido de massa de pizza ou pão, mas me refiro a algo produzido em grande volume, popular.
Quando o que importa é mais a quantidade do que a qualidade, nada melhor do que uma cerveja mais “light”, isto é, bem leve mesmo.
Outro dia descobri quem foi o pai da cerveja light para agradar as massas: Joseph Owades.
Doutor em bioquímica, Owades desenvolveu um processo para reduzir a presença do amido durante a produção da cerveja . Com isso, conseguiu reduzir o álcool (proveniente do amido que se transforma em açúcar e que depois é consumido pela levedura para virar álcool), as calorias e carboidratos, criando assim, uma cerveja bem mais leve.
O que motivou a sua pesquisa foi algo muito interessante. Ele dizia que, sempre ao perguntar a uma pessoa por que ela não gostava de cerveja ouvia como resposta: porque o gosto é ruim e porque engorda. Como o primeiro problema era caso perdido, ele resolveu melhorar o segundo aspecto desfavorável, reduzindo as calorias.
Ele foi um nome importante no mundo da cerveja, principalmente nos EUA, onde elaborou a cerveja Meister Brau Lite, da cervejaria Meister Brau (que foi posteriormente comprada pela Miller). Também auxiliou a elaborar cervejas junto à Samuel Adams, de Boston.
Para terminar, uma frase interessante, escrita certa vez por ele (aqui, em uma tradução livre):
Para fazer vinho não são necessárias as habilidades de um bioquímico. Quem faz vinho pega o líquido pré-embalado de pequeninas coisas chamadas uvas, do qual produzirá o vinho. Já o cervejeiro, primeiro cria o líquido, do qual ele fará a cerveja”.
Minha (também livre) interpretação: no vinho, a fermentação começa a partir do suco da fruta, enquanto que, na cerveja, é necessário criar o suco primeiro. Bom, deve ser isso!

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