Não Abandonarás a Carroça para Beber


Nos tempos atuais, beber e dirigir nem pensar! Ainda mais beber e dirigir durante o expediente. Mas nem sempre foi assim! Na época de Napoleão, por exemplo, era permitido beber e dirigir. Obviamente que não existiam automóveis naquele tempo: eram carroças ou carruagens. Porém, o mundo das leis trabalhistas e de trânsito não era tão livre quanto parecia, haviam certas regras. Uma delas dizia que não era permitido ao condutor descer de seu veículo durante o expediente. O duro é que os cocheiros adoravam parar durante o caminho para matar a sede bebendo uma boa cerveja. Então havia um dilema: ou arriscar-se a sofrer uma penalidade por abandonar a carroça ou beber enquanto guiava-se o veículo. Contudo, lembrando que as carroças não possuíam amortecedores e que as estradas eram bem acidentadas, o pobre cocheiro teria sorte se, após andar poucos metros, sobrasse mais do que um gole dentro do seu copo de cerveja. A cada buraco, lá se ia boa parte do precioso líquido!

Um cervejeiro da cidade de Dendermonde (Bélgica) possuía um pub chamado “De Hoorn”, onde recebia muitos cocheiros para matar a sede. Seu nome era Pauwel Kwak e, com seu tino comercial e criatividade, logo percebeu que poderia lucrar com a situação e inventou um copo esquisito, mais estreito ao meio, bojudo na parte inferior e com a boca larga. Ele era encaixado em um suporte de madeira fixo na carroça, que possuía uma espécie de mão que envolvia justamente a parte mais estreita do copo. Com isso, haviam dois ganhos: como a cerveja ficava acondicionada no bojo inferior e havia o estrangulamento logo acima, era menos provável que o líquido fosse lançado ao espaço por conta do movimento da carroça. Outro aspecto é que, também pela anatomia do tal copo, ele dificilmente se desprendia do suporte de madeira. Faça um teste: quando tiver a oportunidade de pegar um copo desses, pode balançar o suporte de madeira para cima e para baixo sem medo. Veja que o copo de vidro não cai. Bom, pelo menos tenha um dinheiro extra caso o copo não seja seu, claro!

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